sábado, maio 20, 2006

Venha me beijar...

Meu doce vampiro
Na luz da luar
Venha sugar o calor de dentro do meu sangue
VERMELHO
Tão vivo, tão eterno
VENENO
Que mata a sua sede e,
que me bebe quente como um licor,
brindando à morte
E fazendo amor

Meu doce vampiro, na luz do luar
Me acostumei com você
sempre reclamando da vida
Me ferindo me curando a ferida
Mas nada disso importa,
vou abrir a porta pra você entrar
Beijar minha boca, até me matar!!

Me acostumei com você
sempre reclamando da vida
Me ferindo, me curando a ferida
Mas nada disso importa
vou abrir a porta pra você entrar
Beijar minha boca
Até me matar de amor!!


Faz tempo que eu to querendo escrever essa música aqui, mas era pra ser de outro jeito, juntando outras coisas, mas como nunca dava e o momento se tornou muito apropriado para tanto, escrevi assim mesmo.
É interessante. Tentem imaginar como seria um doce vampiro, como seria estar apaixonada por um doce vampiro, é de uma decrição tão voluptuosa. Melhor do que lê-la é ouvi-la. Ouçam. Pra quem não se lembra ou não juntou uma coisa com a outra essa música é da Rita Lee "Doce Vampiro" e eu gosto muito da versão acústica.
O dualismo, o feminino e o masculino, a bela e a fera, coisas que eu não consigo descrever agora, eu apenas sei e sinto. O que eu sei é que tem um doce vampiro por aí que não cansa de me conquistar com sua falta de paciência, com seu idealismo incansável, com sua inocência simples e com seus olhos conquistadores de vampiro; e o que poderá uma pobre donzela dos tempos modernos fazer se não seder.
As coisas são tão engraçadas... quando foi que o simbolismo se apaixonou pela dura realidade, quando foi que a fantasia se esqueceu das máscaras, quando foi que a realidade se tornou mais leve e doce, quando foi que escreveram uma história sobre você e eu?
Sem maniqueismos, mas com toda a síntese possível, te amo sim e estranho seria se eu não me apaixonasse por você. Uma criança que não cansa de lutar contra o que não pode vencer, meu idealista preferido.
Os opostos se atraem? Hahahahaha... não sei, somos tão estranhos sós, belos e fortes juntos e o simbolismo deixará o campo para viver entre a selva de concreto, a selva de concreto que é o meu coração mole.
Baby, essa é pra você, e pra quem mais poderia ser?
"Forever shall the wolf in me desire the sheep in you?", a beleza da fera.

segunda-feira, maio 08, 2006

Ainda Quase 20 anos

E por força deste destino um tango argentino me vai bem melhor que um blues.

Ainda quase 20 anos
Ainda quase 20 anos
Sei que sentirei falta desse tempos
Ainda quase 20 anos.

E o que é que eu farei das minhas Liras, dessa minha juventude?? Morrerei jovem em glória ou vou me deixar embrutecer??

Entre Niezsche e Sartre, entre todos e ninguém, entre o real e o abstrato, a loucura e a lucidez, entre os outro e vocês... eu me sinto um estrangeiro, passageiro de algum trem, que não passa por aqui, que não passa de ilusão.

Ainda quase 20 anos, e o que é que eu faço com tanta vida????

Agradecimentos: A Belchior por me entender e pela citação da primeira frase, que é da música A Palo Seco, aliás, OUÇAM!!! Vale a pena!! E aos Engenheiros do Hawaii, especialmente a Humbero Gessinger, por também me entender e pela citação da música A Revolta dos Dandis I. OUÇAM também!!

domingo, maio 07, 2006

Há Tempo(s)

Tempo Perdido

Todos os dias quando acordo
Não tenho mais o tempo que passou
Mas tenho muito tempo:
Temos todo o tempo do mundo.
Todos os dias antes de dormir,
Lembro e esqueço como foi o dia:
"Sempre em frente,
Não temos tempo a perder".
Nosso suor sagrado
É bem mais belo que esse sangue amargo
E tão sério
E selvagem.

(...)

Não tenho medo do escuro, mas deixe as luzes acesas agora.
O que foi escondido é o que se escondeu
E o que foi prometido, ninguém prometeu.
Nem foi tempo perdido;
Somos tão jovens.

"Time is money", já diria aquele episódio do Chapolin Colorado do qual eu não me lembro de ter assistido, mas há garantias de que existiu.
Essa música tem sido a trilha sonora da minha rotina fatigante que não satisfaz sonhos, mas que continua sempre em frente.

Onde é que foi que eu me perdi no meio desse tempo de juventude de sangue, suor e sonho??


??????????????

"Muitos temores nascem do cansaço e da solidão e o descompaso e o desperdício. Herdeiros são agora da virtude que perdemos, há tempos tive um sonho, não me lembro, não me lembro (...) Os sonhos vêm, os sonhos vão e o resto é imperfeito".

Onde é que eu encontro um remédio que me dê alegria, um veneno anti-monotonia e algum trocado pra dar garantia????


Nota de rodapé: Agradecimentos a Legião Urbana pelas letras de música publicadas aqui e também a Cazuza pela pequena citação acima, antes que alguém me acuse de plágio. Humpf!!