sábado, março 04, 2006

A seta e o alvo

"Eu quis te dar um grande amor, mas você não se acostumou a vida de um lar, o que você quer é vadiar...

E aí?!

Vai vadiar, vai vadiar, vai vadiar, VAI VADIAR.... (vai vadiar!)

Quem gosta de orgia da noite pro dia não pode mudar, vive outra fantasia não vai se acostumar...
Vai procurar alegria fazer moradia na luz do luar, VAI VADIAR".

Te chamo pra festa, mas você só quer atingir sua meta, sua meta.

Metafísicas, metáforas....
Enquanto tudo é meta, nada é fato. Enquanto tudo é meta, a realidade é apenas falta.

"Você não vai me acertar a queima roupa, vem cá me deixa fugir, me beija a boca....

Você não quer me trancar num quarto escuro

Hoje eu quero sair SÓ,

Não demora eu tô de volta, TCHAU, vai ver se eu to lá na esquina, devo estar, já deu minha hora e eu não posso ficar, a lua me chama e EU tenho que ir pra rua!!!!!"

Músicas gêmeas, amores estranhos esses que querem ir embora sem querer.
Músicas gêmeas, vontades diferentes, desejos gêmeos, ação... pulsões diferentes.

"Ni solo de pan vive el hombre, ni solo di excusas vivo jo".

“Eu quero saber a verdade e você se preocupa em não se machucar. Eu corro todos os riscos, você diz que não tem mais vontade, eu me ofereço inteiro e você se satisfaz com metade”.

Do que que a gente costuma ter medo? O que a gente imagina que vai ser do futuro? Quais são as coisas que a gente se arrepende de não ter feito e quanto o tempo pode castigar nossa cabeça? Quantas vezes podemos precipitar as coisas por medo? Quantas oportunidades perdemos?
Existem coisas que me servem de empurrão, uma espécie de: “Vaaai Tatiana!!!”. Crisis chatas e ao mesmo tempo propulsoras, acho que como toda espécie de crise.

Tempo de estar de saco-cheio, tempo de encher o saco, tempo de querer tudo ao mesmo tempo, tempo de largar tudo e se lançar no espaço e também tempo de ponderar e saber mais o tempo das coisas, e assim conseguir mais tempo. Tempo de ter pressa.

Apenas vivamos! Para que pensar que a vida é sacana e que só você (ou eu) tá nessa sem saber pra onde vai ou que caminho escolher. Às vezes escolher é difícil.

“Antes de atirar o vaso na tv eu ouvi o que ela dizia: Quando não houver mais amanhã será um belo dia.
Estranha coisa pra se dizer antes de dizer os números da loteria, mas é assim que eles fazem e fazem muito bem e nós não fazemos nada, nada além.

Além do mito que limita o infinito e da cegueira dos guardas da fronteira

Mas é assim o mundo que nos cerca, nos cerca muito bem, e as crises cicatrizes não nos deixam ir além.... além do mito que limita o infinito e da cegueira das barreiras das fronteiras

Hahaha... foi então que eu resolvi jogar as cartas na mesa e o vaso pela janela, só pra ver o que acontece com a vida, quando alguém faz o que quer com ela....
Acontece que eu não tenho escolha, é por isso mesmo que eu sou livre. Não sou eu o mentiroso, foi a Inara quem deu a aula (hahahaha...), não sou afim de violência, mas paciência tem limite.

Além do mito que limita o infinito, além do dia-a-dia que esvazia a fantasia.”

Quantos mitos criamos para nossas vidas? Quantos mitos serão precisos quebrar? E as cartas na mesa, e os 32 dentes? Violentar ou precaver? Tentar ou desistir? Quantos dilemas nessa vida, hahahahaha!! Mas isso é que legal!!!

Mitos esvaziam fantasias? Fantasias são nossas e mitos são dos outros? Quando não houver mais ninguém será um belo dia?!?! Nããããão!!! Ou será que isso é só lógica aristotélica??

Apenas viver? Desistir? Tentar? Correr? Parar?

Huuum, minham, minham, minham!!