terça-feira, março 30, 2010

NICK CAVE INTO MY ARMS

Coisas que eu queria dizer e já disse.

I don't believe in an interventionist God
But I know, darling, that you do
But if I did I would kneel down and ask Him
Not to intervene when it came to you
Not to touch a hair on your head
To leave you as you are
And if He felt He had to direct you
Then direct you into my arms

Into my arms, O Lord, into my arms
Into my arms, O Lord, into my arms
Into my arms, O Lord, into my arms
Into my arms, O Lord, into my arms
Into my arms, O Lord, into my arms
Into my arms, O Lord, into my arms

And I don't believe in the existence of angels
But looking at you I wonder if that's true
But if I did I would summon them together
And ask them to watch over you
To each burn a candle for you
To make bright and clear your path
And to walk,like Christ, in grace and love
And guide you into my arms

Into my arms, O Lord, into my arms
Into my arms, O Lord, into my arms

But I believe in Love
And I know that you do too
And I believe in some kind of path
That we can walk down, me and you
So keep your candles burning
And make her journey bright and pure
That she will keep returning
Always and evermore

Into my arms, O Lord, into my arms
Into my arms, O Lord, into my arms
Into my arms, O Lord, into my arms

Nick Cave - I'm your man

Sigo essa filosofia e não paro! To curtindo descobrir Nick Cave. Às vezes a gente demora pra descobrir algo que já conhece.

segunda-feira, março 29, 2010

E eu dizia "ainda é cedo"

Eu não tenho muito tempo para escrever, mas eu preciso escrever isso...

Uma das coisas mais tristes da vida é perceber que você perdeu a juventude. Perceber que está perdendo a juventude causa uma angústia enorme, mas perceber que perdeu de fato é sofrer um luto de si mesmo. É como perder o reconhecimento de seu próprio Eu, de sua identidade, olhar para o tempo e saber que não há volta.
E por que eu penso isso aos 23 anos de idade? É verdade que aos 23, eu olho pra mim e sei que ainda tenho um infinito de coisas a aprender, comportamentos e pensamento a assimilar, posturas a desenvolver, mas essa maldita maturidade, essa falta de fogo, de calor, de inocência, de vida, de alegria, de sonhos, de desejos é que, pra mim, têm significado o sepultamento da minha juventude. A angústia é um sentimento que acompanha o homem desde o nascimento até a morte, não sendo um privilégio dos jovens, mas na juventude, a angústia é o propulsor da revolta, da revolução, do confronto, mesmo que seja o confronto consigo mesmo - é uma autodestruição criativa, que propulsiona pra frente. A angustia da vida adulta é a doença - você fica obeso, leso, cansado, alguns poderão desenvolver comportamentos patológicos pois seu prazer é proveniente da culpa, você sofre de angustia, mas não há nada que te tire dali. Estagnado. O eterno porvir da vida toma outro significado, e o porvir maravilhoso que você sonhou, nunca chegará. Angustia... todo sofrimento e noites de choro forão em vão, você enfim se tornou um babaca. Escolha um emprego, escolha uma esposa, escolha uma casa...

Socorro não estou sentindo nada! Nesses dias me lembrei de Legião Urbana - Índios. "Quem me dera ao menos uma vez, ter de volta todo o ouro que entreguei a quem conseguiu me convencer que era prova de amizade, se alguém levasse embora até o que eu não tinha". Eu me lembrei e fiquei escutando, sem nem ao menos saber que dia 27/03 ele faria 50 anos. Por conta dos 50 anos, circulam homenagens e reportagens. Encontrei essa matéria no Twitter "Renato Russo: um cara que me ensinou algumas coisas que eu sei". Gostei muito e me motivei a escrever o presente texto.

A juventude me abandonou, fiquei com cara de tacho, angustiada, olhando o tempo e dizendo ainda é cedo, cedo, cedo, cedo... ai eu dizia ainda é cedo, cedo, cedo, cedo, cedo...