Mantra das possibilidades

Mudanças no meu comportamento, há coisas das quais eu não quero mais, não faço mais e coisas que eu prometo de hoje em dia jurar lealdade, até que eu lance a lança no espaço e traia os ritos.
Não quero mais experimentar o mercúrio até encontrar o mistério, talvez as fumaças de óleo diesel e me embreagar até que alguém me esqueça não seja mais o meu interesse. Talvez a velocidade do James Dean não me atraia mais nenhum pouco e eu esteja cansada de um monte de coisa. Eu só queria tranquilidade e a paz de espírito de uma garota ferrada. Tempos de crítica exacerbada e idiossincrasia de volta and again. Quero poder ler minhas coisas, produzir minhas filosofias e dormir numa boa. Talvez eu tenha cansado das saídas noturnas diárias, talvez o hedonismo exagerado tenho dado lugar ao hedonismo das coisas simples e dos detalhes. Talvez eu esteja querendo voltar a pensar, apesar disso doer, hehe.
Eu mudei muito sim, digo a você que me olha hoje e fala "mas ela não era assim". Mudei e to mundando de novo. Peço licença à minha mutação, sempre fui feliz assim.
Vou arrumar os livros na estante, ouvir músicas, limpar a casa e escrever. Assistir filme e pensar na vida. Observar as pessoas sempre foi um esporte preferido, apesar de agora enferrujado.
Antes quase 20 anos, agora aos 21 tenho grande carinho por tudo que vivi e uma vontade enorme de fazer tudo permanecer. O corpo que antes clamava desesperadamente por exageros intensos e dor, agora relaxa e dá espaço para a cabeça doer. A resposta para a dúvida entre as pedras que rolam e os alicerces que se erguem é, um dia de cada vez, cada dia conectada em mim.
Mas não se enganem, o cazuza exagerado dentro de mim não desapareceu, só se satisfez por enquanto. Voltando aos tempos de velha coróca critica e chata. ;)

"Eu não bebo mais como eu bebia, eu já não faço mais as coisas que fiz um dia, mas nem por isso eu esqueci aquilo tudo o que eu vivi". (W.W)